Os caminhos para a indicação geográfica da farinha de mandioca copioba

As Indicações Geográficas (IG) constituem ferramentas para valorizar produtos e processos tradicionais, possibilitando desenvolvimento socioeconômico. Entre os produtos alimentares com potencial para IG, está a farinha de mandioca. Na Bahia, a farinha de mandioca de Copioba, produzida originalmente no Vale do Copioba, é um produto de notoriedade, cujo nome geográfico de origem já é sinônimo de farinha boa. Este produto foi prospectado pelo SEBRAE, em 2011, como potencial para IG, e, posteriormente, houve um projeto de pesquisa, de 2012 a 2015, que realizou um diagnóstico sociodemográfico e caracterizou a farinha de Copioba, nas perspectivas química, física, sensorial e sanitária. Este projeto, em função da conjuntura político-econômica, sofreu descontinuidade, conquanto permanecessem cristalizados a certeza do potencial de IG da farinha e os vínculos com as comunidades. Este projeto foi retomado em 2017, pela formação de rede interinstitucional, buscando promover a transferência de tecnologias sociais voltadas à constituição do processo de IG da farinha de Copioba e ao desenvolvimento regional, no Recôncavo Baiano. O projeto contempla originalmente, oito eixos, incluindo: fortalecimento da organização social e do protagonismo dos agricultores; estabelecimento das características que conformam o padrão de qualidade da farinha de Copioba; descrição do saber fazer da farinha de Copioba; resgate da memória e transmissão de saberes junto às comunidades produtoras; formação dos agricultores voltada à adoção das Boas Práticas de Produção na cadeia da farinha de mandioca e derivados e à segurança no trabalho; desenvolvimento de atividades formativas sobre o processo de requerimento da IG; construção do catálogo de preparações e usos da farinha de mandioca no Vale do Copioba, registro de bens imateriais das comunidades; e levantamento quanto ao desenvolvimento de práticas de turismo rural, no território da Copioba. Em 2020, um novo eixo de pesquisa surgiu, visando avaliar os impactos da pandemia, junto aos agricultores da cadeia da farinha.

Objetivo Geral: Promover a transferência de tecnologias sociais voltadas à constituição do processo de Indicação Geográfica da farinha de Copioba e ao desenvolvimento regional, no Recôncavo Baiano.

 

Instituições Parceiras: Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia EMBRAPA Mandioca e Fruticultura

Período de Vigência: 2019.2 a 2022.2

Habilitação Discente: Poderão participar deste projeto discentes dos cursos de Gastronomia e Nutrição.

 

Coordenador(a): 

Ryzia de Cassia Vieira Cardoso

Contato: ryzia@ufba.br

 

Equipe: 

Ryzia de Cassia Vieira Cardoso - Doutora- Nutricionista -ENUFBA - Coordenador

Alcides dos Santos Caldas - Doutor - Geógrafo - IGEO - Vice-coordenador

Márcia Filgueiras Rebelo de Matos - Mestre - Nutricionista - ENUFBA - Pesquisador

Odilon Braga Castro - Mestre - Jornalista - ENUFBA - Pesquisador

Tereza Cristina Vieira Braga - Doutora - Nutricionista - ENUFBA - Pesquisadora

Nina Paloma Neves Calmon de Siqueira Branco - Mestre - UNIVERSITÉ PARIS 5 - Discente Doutorado

Sarita Brito e Silva - Engenheira de Alimentos - FFAR - Discente de mestrado

Lara Conceição Campos Pena - Gastrônoma - Mestre - ENUFBA - Discente de doutorado

Bianca Ferreira Duarte - Nutricionista - ENUFBA - Discente do mestrado

Ednilson da Silva Andrade - Gastrônomo - ENUFBA - Discente do mestrado